terça-feira, 19 de junho de 2012

Sou...

Eu sou um verso de mágoas nunca feito,
Inacabado, refeito, desfeito, subjugado, imperfeito.


Sou antítese da razão, seiva que brota

Em cascata de emoção.


Sou limite que balança à margem da definição

Sou a viragem da história. Interrogação.


Sou talvez… sou sim, e por quase nada

Invoco o mundo inteiro. Sou paixão.


Sou nascente de água límpida, natural.

E puro instinto só. Sou animal.


Sou força do vento. Brilho dos astros

E quando gritam em mim dores e ansiedades.

Caio sobre os joelhos e abro os braços

Fitando inerte o céu do redentor.


Sou tudo isto que sinto e nunca sei

Se a vida escorre ou se detém.


E sou incomensuravelmente comum,

O que alguns chamam de “ninguém”.

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