Eu sou
um verso de mágoas nunca feito,
Inacabado, refeito, desfeito,
subjugado, imperfeito.
Sou antítese da razão, seiva que
brota
Em cascata de emoção.
Sou limite que balança à margem da
definição
Sou a viragem da história.
Interrogação.
Sou talvez… sou sim, e por quase
nada
Invoco o mundo inteiro. Sou paixão.
Sou nascente de água límpida,
natural.
E puro instinto só. Sou animal.
Sou força do vento. Brilho dos
astros
E quando gritam em mim dores e
ansiedades.
Caio sobre os joelhos e abro os braços
Fitando inerte o céu do redentor.
Sou tudo isto que sinto e nunca sei
Se a vida escorre ou se detém.
E sou incomensuravelmente comum,
O que alguns chamam de “ninguém”.
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