terça-feira, 19 de junho de 2012

Oferecer-te


Penso em oferecer-te poesia.
Palavras inéditas, palavras rubras, palavras cinzas.
Palavras, apenas.
Penso em oferecer-te seios.
Seios brancos, alvos, honestos.
Seios, apenas.
Penso em oferecer-te dedos.
Dedos frenéticos, apaixonados, trémulos
Dedos, apenas.
Penso em oferecer-te um rasgo, um beijo,
um sentimento, uma possibilidade.
Possibilidades, apenas.
Sentimentos.
Penso-te.

Ofereço-te
a imensidão da imaginação,
a ferida e a cura,
a lágrima e o sorriso.

Não te ofereço poesia, não me ofereço.
Recrio-te. Apenas.

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