Tive asas e voei, voei tão alto que jurei abraçar todo o firmamento, como uma gaivota em voo planado olhando, indiferente, as ondas do mar. Como me pode importar agora um horizonte longínquo e um frio cortante no abandono deste cais?
Fui eu mesma numa descoberta profunda de mim, num toque de pele. Experimentei a liberdade e a libertação! Que me importa agora a clausura? Que me importa já não saber de mim?
O que pode, afinal, amargurar um coração que não cabe em si, uma alma inquieta, atenta, palpitante… refugiada em subterfúgios? A minha alma… Uma alma latente, que ri enquanto sangra derramada pelo chão.
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