terça-feira, 19 de junho de 2012

Escrevi a sangue o teu nome


Escrevi a sangue o teu nome em mim para que me corresses nas veias. E foi por ti que sangrei, como sangraria agora e outra vez. Apenas por ti e para ti. Apenas para que cicatrizasses em mim. Para que o teu nome me arrancasse esta pele de ausência, esta pele que há muito que está tatuada pelo teu nome.
Tatuei todas as letras do teu nome nesta corrente rubra de muito mais e deixei que revirasses as gavetas do passado. Contigo aprendi que as gavetas há muito que não deviam ter chaves e que dói mais a incerteza do que uma presença no passado. Pertenço-te nesta certeza de pactos de sangue e é contigo que partilho silêncios de fogo que tanto têm para nos dizer.
E hoje volto a dar o teu nome à minha pele, volto a sangrar por ti e quando me perguntares porque motivo o faço... diluo todas as razões em ti e responder-te-ei que o faço apenas para que me vejas cicatrizar com um sorriso. Porque se um dia me magoares quero que o faças a sorrir.

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