domingo, 15 de julho de 2012

A cinza das minhas horas

O tempo passou incólume... o fogo, outrora fúria incontida, lentamente, acabou por perder toda a sua intensidade! Até as chamas clamaram pelas cinzas em breves metamorfoses. Porque ontem fui chama acesa em mim e hoje recriei-me nas cinzas dos afectos e das palavras. As horas passaram... as questões multiplicaram-se, e as dúvidas, essas há muito que destilaram angústia e hoje são cálices de redenção. Abriram-se as portas do ser e da chama nasceu a cinza que dará lugar a novas chamas, em ciclos perpétuos de fogo, que emanam da minha vontade transcendente! Porque saberás onde me encontrar. Porque, se vieres à minha procura, saberás sempre onde me encontrar. Vem até mim, se souberes as respostas! Esta foi a cinza das horas.... Esta é a cinza das minhas horas.

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